Família na escola

Tempo de tela na infância: como estabelecer limites?

É comum ouvir diferentes pessoas declarando que quando tiverem filhos, eles não serão expostos a nenhum tempo de tela. Muitos responsáveis são contra usar televisão, celulares e tablets com crianças, mas nem sempre essa realidade é tão fácil de se concretizar no mundo real.


Com as atividades do dia a dia, trabalho, limpeza, cozinha, é cada vez mais tentador deixar os filhos se divertirem com ajuda da tecnologia e fica ainda mais complicado limitar o tempo de exposição de cada aparelho. 


Existem vários malefícios em expor crianças à tecnologia de forma apropriada, mas ao mesmo tempo ela também pode ser uma grande aliada na educação e desenvolvimento. Por isso, os responsáveis precisam ficar atentos aos conteúdos e saber dosar o tempo frente às telas diariamente. 


Quer entender como é possível fazer isso? Continue a leitura e saiba mais!


Os desafios nos dias de hoje


Muitos responsáveis devem concordar que de vez em quando tudo o que precisamos é de alguns minutos de descanso. Seja para realizar uma tarefa mais complicada, cozinhar o almoço, finalizar uma reunião ou só respirar um pouco. 


Os filhos consomem muito tempo e energia da família, então é compreensível que muitas vezes eles recorram ao desenho animado na TV ou ao jogo no celular para distrair as crianças. 


Além disso, com a pandemia do coronavírus e a necessidade de estudar com ensino remoto, ficou quase impossível limitar o tempo de tela. Como dizer não se os alunos precisam assistir aulas online e fazer atividades?


Desenvolvimento infantil: qual é o impacto da pandemia?


Entretanto, não podemos utilizar as ferramentas como escape para liberar o tempo de tela de forma indiscriminada. Mais do que nunca, é preciso ter prudência para conversar com as crianças, avaliar suas necessidades e buscar um meio termo que funcione para todos. 


Por que limitar o tempo de tela?


Segundo documento divulgado pela Unicef em 2017, 1 em cada 3 usuários de internet no mundo é uma criança. No último ano, é provável que esse número tenha aumentado e cresça cada vez mais. 


Mas por que isso é um problema tão grande? A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta que o tempo de tela deve ser limitado e proporcional às idades e às etapas do desenvolvimento das crianças e adolescentes.


O uso excessivo da tecnologia pode causar diversos malefícios, como:


  • Aumento da ansiedade
  • Dificuldade em estabelecer relações em sociedade
  • Comportamento violento ou agressivo
  • Estímulo ao bullying
  • Transtornos de sono e alimentação
  • Baixo rendimento escolar
  • Alterações do humor
  • Deficiências visuais, auditivas e posturais
  • Déficit de atenção
  • Obesidade infantil e sedentarismo
  • Redução da capacidade cognitiva e produtiva
  • entre vários outros.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) entende que o uso sem limites e não supervisionado da tecnologia pode causar prejuízos cognitivos, psíquicos e físicos nas crianças. Por isso, é tão importante entender qual o tempo de tela ideal para cada idade. 


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Como estabelecer limites do tempo de tela?


Agora que você já entendeu como assunto é sério, não precisa se desesperar. A tecnologia também é uma grande aliada da educação e desenvolvimento infantil e deve estar cada vez mais presente nas salas de aula. 


Tendências da educação para 2021: o que vem por aí?


Então, cabe aos pais monitorar de perto o uso dos filhos. A Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda somente 1 hora de tela dos 18 meses aos 5 anos de idade. Esse período deve ser fracionado ao longo do dia e com conteúdos de acordo com a idade, maturidade e nível de compreensão.


Já para as crianças a partir de 6 anos, a SBP indica que o tempo de tela não deve passar de 2 horas por dia, a não ser em casos de atividades escolares. Além disso, é preciso estabelecer horários de descanso e atividade física. 

Outro lembrete importante é evitar o uso de tecnologia durante as refeições e pelo menos 1 a 2 hora antes de dormir. Uma boa dica para começar é não colocar televisões e outros aparelhos no quarto das crianças. 


Sabemos que não é fácil reduzir o tempo de tela a 0 e não adianta se frustrar quando você precisar recorrer ao celular para distrair os filhos. Entretanto, é possível fazer um esforço e pensar em alternativas mais saudáveis, oferecendo jogos e atividades lúdicas antes de permitir o uso da tecnologia. 


O papel dos pais e responsáveis no uso das tecnologias


#MenosTelas #MaisSaúde


A SBP criou o Manual #MenosTela #MaisSaúde com orientações para os responsáveis sobre o uso e tempo de tela das crianças e adolescentes. Clique aqui para ler o manual


Algumas das novas recomendações são oferecer como alternativas atividades esportivas e exercícios ao ar livre, criar regras saudáveis para o uso das tecnologias, regras de segurança, momentos de desconexão com convivência familiar e estar sempre atento aos conteúdos consumidos pelos filhos. 


Lembre-se que a tecnologia não deve ser tratada como inimiga. Existem diversas vantagens em utilizá-las com crianças, mas como tudo na vida, é preciso saber dosar e encontrar o limite saudável. 


Fontes:


Revista Crescer

SBP

Manual #MenosTelas #MaisSaúde


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