Jones Brandão – Diretor de Educação da Agenda Edu
Sobrecarrega dos professores, demandas de capacitação, pressões emocionais e adaptabilidade são questões inquietantes e que precisam ser articuladas pelos gestores escolares. Do contrário, o negócio escola será bastante prejudicado.
Ao mesmo tempo, professores (e outras tantas profissões) terão que ressignificar seu modo de trabalho. Isso passa por novas habilidades e a percepção de um novo tempo que não é passageiro.
No primeiro momento essa adaptação pode parecer mais trabalho, mas no final isso vai significar a passagem de um estado para outro. Uma metamorfose.
O olhar com que percebemos o contexto (e o futuro) é o que vai gerar em nós angústia ou entusiasmo.
Lembro agora daquele antigo receio, quando assistíamos filmes de ficção, de que seríamos substituídos por robôs com inteligência artificial. Acredito que já se provou uma verdade: nada disso vai substituir o professor, mas tem algo (ou melhor, alguém) que vai substituí-lo (se ele não se ligar): outro professor que se lançou intencionalmente na metamorfose, que se adaptou, que flexibilizou.
Como os professores podem aproveitar melhor o período de quarentena?
Adaptabilidade é a palavra de ordem. Não no sentido piegas, mas em um sentido abrangente, humano e estratégico. Isso me lembra a música “Rapte-me, Camaleoa” do Caetano:
“Rapte-me
Adapte-me
Capte-me“.
Como pai de duas crianças, entendo e vivo as dificuldades e angústias vividas pelas famílias durante o período de escola remota. Não há como fechar os olhos e negar tal realidade, seus desafios e descobertas.
Como educador, gostaria de lançar algumas reflexões e considerações:
Escola, professor, família, alunos, currículo, digital…
Faço tais considerações para evidenciar que, mesmo considerando a tragédia que vivemos, estamos diante de uma oportunidade de finalmente produzir as mudanças necessárias para termos uma educação humanizada.
Uma educação focada na interação aluno-professor e com o objetivo de desenvolvimento de um ser integral e autônomo capaz de fazer muito mais que prova e passar em concurso.
Toda essa volta é para dar contexto ao que proponho agora: que tal se no lugar de desistir da participação do filho nas aulas remotas ou de desistir do ano letivo, como pais, chamássemos a escola para:
Como pais e responsáveis, não é o momento de desistirmos, mas de também trabalharmos a adaptabilidade e insistirmos com o objetivo de produzirmos as mudanças tão necessárias no jeito de pensar e fazer escola, para que ela seja relevante e atraente para o aluno do agora e do novo mundo que se apresenta.
O modelo de escola que nossos filhos precisam, o modelo de escola que vai empoderar nossos filhos a partir de suas potencialidades, curiosidades e interesses, vai surgir quando não só questionarmos, mas tivermos coragem para romper com o que está posto.
Vamos juntos!
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